O Arquivo de Crônicas
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O Arquivo de Crônicas
O arquivo de crônicas,diferente da biblioteca,que é para poesias,poemas e haikas,é formada por crônicas,pequenas histórias e mini contos.
Qualquer caráter tema e caráter é bem vindo,desde que o bom senso seja utilizado.
Se possível coloque os posts dentro de spoilers.
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Tio Sam Von- Mensagens : 594
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Re: O Arquivo de Crônicas
Crônica:O Homem Trocado:Luiz Fernando Veríssimo
Essa cronica parece ser grandinha,mas é MTO ilária,vale a pena ler !
Essa cronica parece ser grandinha,mas é MTO ilária,vale a pena ler !
- Spoiler:
- O homem trocado
O homem acorda da anestesia e olha em volta. Ainda está na sala de
recuperação. Há uma enfermeira do seu lado. Ele pergunta se foi tudo bem.
- Tudo perfeito - diz a enfermeira, sorrindo.
- Eu estava com medo desta operação...
- Por quê? Não havia risco nenhum.
- Comigo, sempre há risco. Minha vida tem sido uma série de enganos...
E conta que os enganos começaram com seu nascimento. Houve uma troca
de bebês no berçário e ele foi criado até os dez anos por um casal de
orientais, que nunca entenderam o fato de terem um filho claro com olhos
redondos. Descoberto o erro, ele fora viver com seus verdadeiros pais. Ou
com sua verdadeira mãe, pois o pai abandonara a mulher depois que esta não
soubera explicar o nascimento de um bebê chinês.
- E o meu nome? Outro engano.
- Seu nome não é Lírio?
- Era para ser Lauro. Se enganaram no cartório e...
Os enganos se sucediam. Na escola, vivia recebendo castigo pelo que não
fazia. Fizera o vestibular com sucesso, mas não conseguira entrar na
universidade. O computador se enganara, seu nome não apareceu na lista.
- Há anos que a minha conta do telefone vem com cifras incríveis. No mês
passado tive que pagar mais de R$ 3 mil.
- O senhor não faz chamadas interurbanas?
- Eu não tenho telefone!
Conhecera sua mulher por engano. Ela o confundira com outro. Não foram
felizes.
- Por quê?
- Ela me enganava.
Fora preso por engano. Várias vezes. Recebia intimações para pagar dívidas
que não fazia. Até tivera uma breve, louca alegria, quando ouvira o médico
dizer:
- O senhor está desenganado.
Mas também fora um engano do médico. Não era tão grave assim. Uma
simples apendicite.
- Se você diz que a operação foi bem...
A enfermeira parou de sorrir.
- Apendicite? - perguntou, hesitante.
- É. A operação era para tirar o apêndice.
- Não era para trocar de sexo?
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Re: O Arquivo de Crônicas
O Homem Nu Fernando Sabino
- Spoiler:
- Ao acordar, disse para a mulher:
— Escuta, minha filha: hoje é dia de pagar a prestação da televisão, vem aí o sujeito com a conta, na certa. Mas acontece que ontem eu não trouxe dinheiro da cidade, estou a nenhum.
— Explique isso ao homem — ponderou a mulher.
— Não gosto dessas coisas. Dá um ar de vigarice, gosto de cumprir rigorosamente as minhas obrigações. Escuta: quando ele vier a gente fica quieto aqui dentro, não faz barulho, para ele pensar que não tem ninguém. Deixa ele bater até cansar — amanhã eu pago.
Pouco depois, tendo despido o pijama, dirigiu-se ao banheiro para tomar um banho, mas a mulher já se trancara lá dentro. Enquanto esperava, resolveu fazer um café. Pôs a água a ferver e abriu a porta de serviço para apanhar o pão. Como estivesse completamente nu, olhou com cautela para um lado e para outro antes de arriscar-se a dar dois passos até o embrulhinho deixado pelo padeiro sobre o mármore do parapeito. Ainda era muito cedo, não poderia aparecer ninguém. Mal seus dedos, porém, tocavam o pão, a porta atrás de si fechou-se com estrondo, impulsionada pelo vento.
Aterrorizado, precipitou-se até a campainha e, depois de tocá-la, ficou à espera, olhando ansiosamente ao redor. Ouviu lá dentro o ruído da água do chuveiro interromper-se de súbito, mas ninguém veio abrir. Na certa a mulher pensava que já era o sujeito da televisão. Bateu com o nó dos dedos:
— Maria! Abre aí, Maria. Sou eu — chamou, em voz baixa.
Quanto mais batia, mais silêncio fazia lá dentro.
Enquanto isso, ouvia lá embaixo a porta do elevador fechar-se, viu o ponteiro subir lentamente os andares... Desta vez, era o homem da televisão!
Não era. Refugiado no lanço da escada entre os andares, esperou que o elevador passasse, e voltou para a porta de seu apartamento, sempre a segurar nas mãos nervosas o embrulho de pão:
— Maria, por favor! Sou eu!
Desta vez não teve tempo de insistir: ouviu passos na escada, lentos, regulares, vindos lá de baixo... Tomado de pânico, olhou ao redor, fazendo uma pirueta, e assim despido, embrulho na mão, parecia executar um ballet grotesco e mal ensaiado. Os passos na escada se aproximavam, e ele sem onde se esconder. Correu para o elevador, apertou o botão. Foi o tempo de abrir a porta e entrar, e a empregada passava, vagarosa, encetando a subida de mais um lanço de escada. Ele respirou aliviado, enxugando o suor da testa com o embrulho do pão.
Mas eis que a porta interna do elevador se fecha e ele começa a descer.
— Ah, isso é que não! — fez o homem nu, sobressaltado.
E agora? Alguém lá embaixo abriria a porta do elevador e daria com ele ali, em pêlo, podia mesmo ser algum vizinho conhecido... Percebeu, desorientado, que estava sendo levado cada vez para mais longe de seu apartamento, começava a viver um verdadeiro pesadelo de Kafka, instaurava-se naquele momento o mais autêntico e desvairado Regime do Terror!
— Isso é que não — repetiu, furioso.
Agarrou-se à porta do elevador e abriu-a com força entre os andares, obrigando-o a parar. Respirou fundo, fechando os olhos, para ter a momentânea ilusão de que sonhava. Depois experimentou apertar o botão do seu andar. Lá embaixo continuavam a chamar o elevador. Antes de mais nada: "Emergência: parar". Muito bem. E agora? Iria subir ou descer? Com cautela desligou a parada de emergência, largou a porta, enquanto insistia em fazer o elevador subir. O elevador subiu.
— Maria! Abre esta porta! — gritava, desta vez esmurrando a porta, já sem nenhuma cautela. Ouviu que outra porta se abria atrás de si.
Voltou-se, acuado, apoiando o traseiro no batente e tentando inutilmente cobrir-se com o embrulho de pão. Era a velha do apartamento vizinho:
— Bom dia, minha senhora — disse ele, confuso. — Imagine que eu...
A velha, estarrecida, atirou os braços para cima, soltou um grito:
— Valha-me Deus! O padeiro está nu!
E correu ao telefone para chamar a radiopatrulha:
— Tem um homem pelado aqui na porta!
Outros vizinhos, ouvindo a gritaria, vieram ver o que se passava:
— É um tarado!
— Olha, que horror!
— Não olha não! Já pra dentro, minha filha!
Maria, a esposa do infeliz, abriu finalmente a porta para ver o que era. Ele entrou como um foguete e vestiu-se precipitadamente, sem nem se lembrar do banho. Poucos minutos depois, restabelecida a calma lá fora, bateram na porta.
— Deve ser a polícia — disse ele, ainda ofegante, indo abrir.
Não era: era o cobrador da televisão.
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Re: O Arquivo de Crônicas
O Dia da Sogra : Nena Medeiros
- Spoiler:
- O Dia da Sogra
– Até que enfim!
– Que foi, Elísio?
– Dia 28 de abril, dia da sogra!!
– Ué? Gostou?
– Claro! Nada mais justo! Já tem dia de combate ao câncer, ao fumo, à AIDS...
– Acorda, homem! Não é dia contra a sogra! É dia da sogra!!
– É homenagem??
– É!
– E quem foi o marido de órfã que inventou isso?
– Sei lá!
–Deve ser jogada de marketing das agências de turismo. Já imagino apromoção: pacote especial de dia das sogras! Mande a sua para o Iraque!
– Você mandaria sua sogra pro Iraque, Elísio?
– Não...
– Ah, bom!
– Não tenho grana pras passagens.
– Elísio!!
– Mas, se tiver um pacote alternativo de night-city-tour pela Rocinha...
– Puxa, amor! Ela é minha mãe!
– Ô, Zuleica! Não leva para o lado pessoal! Não estou falando da SUA mãe! Estou falando da MINHA sogra!
– E não é a mesma coisa?
– Não! Há todo um processo histórico na relação genro e sogra. Odiar a sogra é, “tipo assim”, um instinto atávico!
– Sei...
– Sabe o que é instinto atávico, Zuleica?
– Claro que sei. É o que faz os cachorros darem três voltas antes de deitar e a sua mãe meter o bedelho onde não é chamada.
– Minha mãe? Quando?
– Quer a lista por e-mail? Esvazia a caixa postal primeiro!
– Exagero seu, Zuleica!
– Exagero? Ela já reclamou que eu não sei cozinhar, que eu não sei cuidar dos meninos... Ela já me chamou de gorda!
– Que isso!? Ela só estava preocupada com a sua saúde...
– É! E se acabou de elogiar a sua ex...
– Era boa mesmo...
– Elísio!!
– A saúde dela! A saúde!!!
– Nessas horas, morro de inveja da minha tia freira...
– Por quê?
– Ela é da ordem das esposas de Cristo!
– Ah, sim! Sua sogra ia ser uma santa...
– E o marido, morto!
– Credo, Zuleica!
– Você mereceu!
– Tá bom, tá bom. Mas, uma coisa é certa! Eu não posso falar nada da minha sogra.
– Não pode mesmo! Ela nos recebeu de braços abertos aqui na casa dela enquanto o apartamento não fica pronto...
– Isso! Ela está sempre ao meu lado!
– Hum, amor! Que bonit...
– Ouve bem para caramba e atira melhor ainda!
– Droga, Elísio! Você não leva nada a sério!!
– E agora? Vamos ter que comprar presente?
– Acho bom, né?
– O que eu compro para a sua?
– Ah! Acho que flor tá bom...
– Opa! Vou agora mesmo procurar por plantas carnívoras na Internet!
– Elísio!!
– É! Tem razão... Melhor não! As coitadinhas não iam dar conta de digerir aquele osso... Comigo-ninguém-pode, então?
– Compra umas rosas, Elísio!
– Tá! Coisa mais sem graça... E o que você vai dar para a minha?
– Não sei. Mas aquelas passagens não me saem da cabeça...
– Zuleica!!
*****
Texto escrito para o 6° Desafio Literário da Câmara dos Deputados - Etapa 3.
Otema eram as sogras difíceis, chatas e tal. Não deu para escapar, mesmosabendo que há sogras maravilhosas, pessoas adoráveis que praticamentenos adotam quando nos casamos com seus filhos. A minha é uma delas.
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Re: O Arquivo de Crônicas
A ÚLTIMA CRÔNICA SABINO, Fernando.
- Spoiler:
A caminho de casa, entro num botequim da Gávea para tomar um café junto ao
balcão. Na realidade estou adiando o momento de escrever. A perspectiva me assusta.
Gostaria de estar inspirado, de coroar com êxito mais um ano nesta busca do pitoresco ou
do irrisório no cotidiano de cada um. Eu pretendia apenas recolher da vida diária algo de
seu disperso conteúdo humano, fruto da convivência, que a faz mais digna de ser vivida.
Visava ao circunstancial, ao episódico. Nesta perseguição do acidental, quer num
flagrante de esquina, quer nas palavras de uma criança ou num acidente doméstico,
torno-me simples espectador e perco a noção do essencial. Sem mais nada para contar,
curvo a cabeça e tomo meu café, enquanto o verso do poeta se repete na lembrança:
"assim eu quereria o meu último poema". Não sou poeta e estou sem assunto. Lanço
então um último olhar fora de mim, onde vivem os assuntos que merecem uma crônica.
Ao fundo do botequim um casal de pretos acaba de sentar-se, numa das últimas
mesas de mármore ao longo da parede de espelhos. A compostura da humildade, na
contenção de gestos e palavras, deixa-se acrescentar pela presença de uma negrinha de
seus três anos, laço na cabeça, toda arrumadinha no vestido pobre, que se instalou
também à mesa: mal ousa balançar as perninhas curtas ou correr os olhos grandes de
curiosidade ao redor. Três seres esquivos que compõem em torno à mesa a instituição
tradicional da família, célula da sociedade. Vejo, porém, que se preparam para algo mais
que matar a fome.
Passo a observá-los. O pai, depois de contar o dinheiro que discretamente retirou
do bolso, aborda o garçom, inclinando-se para trás na cadeira, e aponta no balcão um
pedaço de bolo sob a redoma. A mãe limita-se a ficar olhando imóvel, vagamente
ansiosa, como se aguardasse a aprovação do garçom. Este ouve, concentrado, o pedido
do homem e depois se afasta para atendê-lo. A mulher suspira, olhando para os lados, a
reassegurar-se da naturalidade de sua presença ali. A meu lado o garçom encaminha a
ordem do freguês. O homem atrás do balcão apanha a porção do bolo com a mão, larga-o
no pratinho – um bolo simples, amarelo-escuro, apenas uma pequena fatia triangular. A
negrinha, contida na sua expectativa, olha a garrafa de Coca-Cola e o pratinho que o
garçom deixou à sua frente. Por que não começa a comer? Vejo que os três, pai, mãe e
filha, obedecem em torno à mesa um discreto ritual. A mãe remexe na bolsa de plástico
preto e brilhante, retira qualquer coisa. O pai se mune de uma caixa de fósforos, e espera.
A filha aguarda também, atenta como um animalzinho. Ninguém mais os observa além de
mim.
São três velinhas brancas, minúsculas, que a mãe espeta caprichosamente na
fatia do bolo. E enquanto ela serve a Coca-Cola, o pai risca o fósforo e acende as velas.
Como a um gesto ensaiado, a menininha repousa o queixo no mármore e sopra com
força, apagando as chamas. Imediatamente põe-se a bater palmas, muito compenetrada,
cantando num balbucio, a que os pais se juntam, discretos: “Parabéns pra você, parabéns
pra você...” Depois a mãe recolhe as velas, torna a guardá-las na bolsa. A negrinha
agarra finalmente o bolo com as duas mãos sôfregas e põe-se a comê-lo. A mulher está
olhando para ela com ternura – ajeita-lhe a fitinha no cabelo crespo, limpa o farelo de bolo
que lhe cai ao colo. O pai corre os olhos pelo botequim, satisfeito, como a se convencer
intimamente do sucesso da celebração. Dá comigo de súbito, a observá-lo, nossos olhos
se encontram, ele se perturba, constrangido – vacila, ameaça abaixar a cabeça, mas
acaba sustentando o olhar e enfim se abre num sorriso.
Assim eu quereria minha última crônica: que fosse pura como esse sorriso.
(SABINO, Fernando. A Companheira de Viagem.
Rio de Janeiro: Editora do Autor, 1965.)
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Re: O Arquivo de Crônicas
Luís Fernando Veríssimo
- Spoiler:
Para se roubar um coração, é preciso que seja com muitahabilidade, tem que ser vagarosamente, disfarçadamente, não se chegacom ímpeto,
não se alcança o coração de alguém com pressa.
Tem que se aproximar com meias palavras, suavemente, apoderar-se dele aos poucos, com cuidado.
Não se pode deixar que percebam que ele será roubado, na verdade, teremos que furtá-lo, docemente.
Conquistar um coração de verdade dá trabalho,
requer paciência, é como se fosse tecer uma colcha de retalhos, aplicaruma renda em um vestido, tratar de um jardim, cuidar de uma criança.
É necessário que seja com destreza, com vontade, com encanto, carinho e sinceridade.
Para se conquistar um coração definitivamente
tem que ter garra e esperteza, mas não falo dessa esperteza que todosconhecem, falo da esperteza de sentimentos, daquela que existe guardadana alma em todos os momentos.
Quando se deseja realmente conquistar um coração, é preciso que antesjá tenhamos conseguido conquistar o nosso, é preciso que ele já tenhasido explorado nos mínimos detalhes,
que já se tenha conseguido conhecer cada cantinho, entender cada espaço preenchido e aceitar cada espaço vago.
...e então, quando finalmente esse coração for conquistado, quando tivermos nos apoderado dele,
vai existir uma parte de alguém que seguirá conosco.
Uma metade de alguém que será guiada por nós
e o nosso coração passará a bater por conta desse outro coração.
Eles sofrerão altos e baixos sim, mas com certeza haverá instantes, milhares de instantes de alegria.
Baterá descompassado muitas vezes e sabe por que?
Faltará a metade dele que ainda não está junto de nós.
Até que um dia, cansado de estar dividido ao meio, esse coração chamaráa sua outra parte e alguém por vontade própria, sem que precisemosroubá-la ou furtá-la nos entregará a metade que faltava.
... e é assim que se rouba um coração, fácil não?
Pois é, nós só precisaremos roubar uma metade,
a outra virá na nossa mão e ficará detectado um roubo então!
E é só por isso que encontramos tantas pessoas pela vida a fora quedizem que nunca mais conseguiram amar alguém... é simples...
é porque elas não possuem mais coração, eles foram roubados, arrancadosdo seu peito, e somente com um grande amor ela terá um novo coração,afinal de contas, corações são para serem divididos, e com certeza essegrande amor repartirá o dele com você.Luís Fernando Veríssimo
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